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União Estável e Pensão por Morte

União Estável e Pensão por Morte

A união estável é um reconhecimento legal que assegura direitos e deveres aos casais que optam por viver juntos sem formalizar o casamento. Essa modalidade de união é importante, pois oferece garantias como a pensão por morte, um benefício vital para aqueles que dependem financeiramente de um parceiro falecido.

No entanto, muitos ainda têm dúvidas sobre o funcionamento da união estável e seus direitos. Para ajudar a esclarecer essas questões, organizamos um FAQ que aborda os principais aspectos relacionados à união estável e à pensão por morte.

1 - O que é união estável?

A união estável é uma relação entre duas pessoas caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir uma família.

2 - Quais são os requisitos da união estável?

Convivência pública: O casal deve ser visto como se casado fosse pelas pessoas do seu círculo de convivência.

Convivência Contínua: A relação deve ser contínua, sem interrupções significativas.

Convivência Duradoura: Não há um prazo mínimo, mas a relação deve ter uma continuidade no tempo.

Objetivo de constituir família: É necessário que haja um projeto comum de formar uma família, independentemente de terem ou não filhos.

3 - A união estável dá direito à pensão por morte?

Sim, a união estável confere o direito à pensão por morte aos dependentes do parceiro falecido, assim como ocorre no casamento.

4 - O que é a pensão por morte?

A pensão por morte é um benefício oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para os dependentes de alguém que faleceu e que contribuía para a Previdência Social. O objetivo é ajudar financeiramente aqueles que dependiam do segurado.

5 - Quais são os requisitos para receber a pensão por morte?

Para ter direito à pensão por morte, são necessários dois requisitos:

O falecido deve ser segurado do INSS: Ele precisa ter contribuído para a Previdência ou estar dentro do período de proteção.

A união estável deve estar comprovada: É preciso demonstrar que a relação era pública, contínua e duradoura.

6 - Como comprovar a união estável?

Você pode provar a união estável por meio de diversos documentos, como:

7 - E se o INSS negar a pensão por morte?

Se o INSS negar o pedido de pensão por morte, você pode contestar a decisão. O primeiro passo é solicitar uma revisão administrativa, apresentando a documentação que comprova a união estável. Caso a revisão seja negada, é possível buscar a Justiça para garantir seu direito à pensão.

8 - A união estável precisa ser registrada em cartório?

Não é obrigatório registrar a união estável em cartório, mas tê-la formalizada pode facilitar a comprovação da relação perante o INSS.

9 - É necessário morar junto para caracterizar a união estável?

Não é necessário que o casal more junto para que a união estável seja reconhecida, desde que os requisitos de convivência pública, contínua e duradoura sejam atendidos.

10 - União estável homoafetiva dá direito à pensão por morte?

Sim, a união estável homoafetiva é reconhecida e garante aos dependentes o direito à pensão por morte, assim como a união estável heteroafetiva.

11 - A pessoa casada pode ter uma união estável?

Sim, uma pessoa casada pode constituir uma união estável, desde que já esteja separada de fato e que os requisitos da união estável estejam presentes.

12 - É possível ter mais de uma união estável ao mesmo tempo?

Não, segundo o STF, não é possível o reconhecimento de mais de uma união estável simultaneamente. Apenas uma união será reconhecida como válida.

Fique Atento!

A união estável, ao ser reconhecida por lei, garante direitos semelhantes ao casamento, incluindo o direito à pensão por morte. No entanto, é fundamental que os requisitos para comprovar essa união estejam claramente atendidos e documentados.

Quando bem comprovada, a união estável protege financeiramente os dependentes, assegurando-lhes o suporte necessário após o falecimento do parceiro. Em casos de negativa do INSS, é possível buscar revisão ou recorrer à Justiça para fazer valer esse direito. A consulta a um advogado é sempre recomendada para garantir que os trâmites sejam realizados corretamente e os direitos sejam resguardados.